Existem três tipos de cirurgia realizadas: as restritivas, cujo principal método é o uso de uma argola
entre o esôfago e o estômago; as restritivas com desvio do trânsito intestinal, com diminuição da
porção do estômago que entra em contato com a comida; e as bílio-pancreáticas, nas quais se
interfere na absorção e não na ingestão dos alimentos. "O procedimento é escolhido com base no
Índice de Massa Corpórea e no que o paciente costumar comer", afirma o médico cirurgião do
aparelho digestivo, Dr. Carlos Sabbag.
Como toda intervenção cirúrgica, a bariátrica também tem seus riscos e exige muito cuidado, mas o
avanço da medicina melhorou bastante esse cenário. A moderna videolaparoscopia é muito menos
invasiva que a cirurgia tradicional.
A técnica utiliza uma pequena câmera que, introduzida no abdômen, permite ver o interior do
organismo. Por isso, apenas pequenos cortes são necessários para possibilitar o trabalho do médico,
o que traz muito menos transtornos ao operado, com tempo de internação e recuperação mais curtos.
A preparação para a cirurgia também é muito importante. Sabbag diz que, fora a rotina de
pré-operação do paciente (exames, medicamentos, jejum quando necessário, acompanhamento,
entre outros pontos), é interessante que ele procure perder peso antes da operação, pois facilita o
trabalho do anestesista. A parte psicológica também merece a atenção neste momento, para que a
pessoa e a família estejam em condições de enfrentar bem os dias antes de depois da cirurgia.
O pós-operatório costuma ser tranqüilo, principalmente para quem passou pela cirurgia
videolaparoscópica. O retorno às atividades diárias pode ser feito entre 10 e 15 dias após a alta, já
exercícios físicos mais pesados o período de repouso é de um
mês.
O Dr. Carlos Sabbag, explica que por mais eficazes e seguros que sejam os procedimentos cirúrgicos
na perda de peso, eles só podem ser utilizados com fins de saúde e não estéticos. "Algumas pessoas
procuram especialistas atrás de uma forma de emagrecer mais fácil, quando seu quadro poderia ser
resolvido por meio de ações clínicas".
Doutor Carlos A. Sabbag (CRM-PR 9950)